sexta-feira, 28 de setembro de 2018

28 SET 2018 - Enxergar além...

Publicado no meu Facebook em 28 de setembro de 2018

Enxergar além...

O que significa isso? Olhar além da linha do horizonte?

Se fosse simples assim estava bom. Mas é ir muito além. É ler o que está na alma, nas entrelinhas, nos cantos mais recônditos do coração.

Em tempos de tantos juízes e algozes, que julgam tudo e todos de forma tão leviana, sobram poucos com sensibilidade para fazer uma leitura profunda apenas com um simples olhar. Porque é preciso olhar nos olhos, permanecer alguns instantes para poder penetrar a alma. Olhar e ver.

Se pararmos para pensar, há pessoas que trazem tanta beleza e simplicidade dentro delas, que já nos encanta pelo primeiro olhar. Me conta aí, quem nunca se apaixonou pelo primeiro olhar? Não um olhar qualquer. Mas "aquele" olhar, que traz promessas implícitas, que te desnuda o pensamento, que te diz tanto sem te dizer nada. Sim falo de um olhar que ao mesmo tempo que te transmite paz e serenidade, te abraça e te põe a sonhar.

Um olhar que não ousa falar nem julgar, mas que te aprisiona por breves instantes e pelo resto do dia te faz sonhar. Um olhar que mostra admiração, que te traz promessas de um amanhecer colorido, de risos infinitos, de uma vida com sentido.

Breves instantes de sintonia, carregados de energia, que fazem seu corpo vibrar ...

Um mundo que poucos conseguem enxergar.

Mas já vou avisando, do seu pensamento ele irá se apoderar. Não há libertação. Ele escraviza o coração. Não há como fugir. E quem diz que a gente quer ir?

Atenção: procura-se esse par de olhos. Se alguém o "ver" por aí, por favor me avise. Eu o deixei cair em algum lugar distante durante minhas andanças, digo, lembranças. (he he he) 😂

(foto e texto by Silvia Faustino Linhares)

(Foto feita no Equador em 2016)




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sábado, 22 de setembro de 2018

22 SET 2018 - Quero me reinventar

Publicado no meu perfil do Facebook em 22 de setembro de 2018

Quero me reinventar 

Tem dias que meu coração se fecha num lugar escuro e surgem pensamentos meio estranhos. Mas é nesse momento que surgem minhas grandes rebeliões internas. Uma guerra entre os vários seres que me habitam. Uns mais iluminados outros nem tanto. Sim, nem sempre sou esse ser sorridente e brilhante da foto, também choro, sinto dores, sinto raiva, sinto medo, sinto tristezas. Também me nego. Também tem dia que me acho a pior pessoa do mundo. Também tem hora que eu gostaria de me por em modo soneca por 30 dias. Por essa e outras fico quietinha, silenciosa no meu mundo.

Mas por tudo que já vivi e passei, sei quando está chegando a hora de agir, de mudar, de me lançar em novas aventuras, novos desafios. De buscar o que me falta, embora eu nem saiba bem o quê. Minha alma anseia por isso. Vontade de chutar o balde, não importar se virão vitórias, derrotas ou fracassos. Mas é sempre melhor escolher a dúvida da vitória a desperdiçar uma oportunidade. Sem economizar. Não quero quase chegar lá. Quero estar lá. Mas lá aonde?

É essa reflexão que estou fazendo. Inflexão, isso sim. Não quero uma vida mais ou menos. Não quero meios-termos. Não quero me acomodar na rotina, nem achar que sentir saudades do que já vivi é suficiente. Isso sufoca, impede de alçar novos voos. 

Acordei hoje muito autocrítica. Decidi que eu quero me reinventar. Não quero retroagir nem buscar o caminho de volta (esse eu sei de cór e salteado). Quero traçar um novo caminho. Não quero uma vida que siga como o caminhar numa esteira, andar, andar, correr e não chegar a lugar nenhum. Não quero ficar dizendo ok, entendo, tudo bem, quem sabe outra hora, depois falo com você, depois eu vejo como, pra tudo. Nem quero ouvir isso das pessoas. Não quero viver num eterno outono aguardando a primavera chegar. 

Eu quero acordar na primavera. Por favor, me chamem às 22h54min quando oficialmente começa a primavera de 2018 no Hemisfério Sul. 

(foto e texto by Silvia Faustino Linhares)







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sábado, 8 de setembro de 2018

08 SET 2018 - Sendo a autora do meu próprio destino

Publicado no meu perfil do Facebook em 8 de setembro de 2018

Sendo a autora do meu próprio destino.

Desde que nascemos, há um caminho enorme a ser percorrido, onde nos defrontamos com distâncias e labirintos infindáveis.

Cedo a gente aprende a deixar a mente vagar por diversas direções, a maioria incerta.
É assim que começam os sonhos e a partir desses, os desejos criam forma.

Há poucos planos e muitas incertezas.
O terreno nem sempre é fácil de percorrer.
Um belo dia você questiona o quanto seu chão esteve encharcado por ilusões e se pergunta porque você achou mais fácil ficar escondendo as lágrimas em meio ao nevoeiro.

Há muito você já não se ouve mais, não lamenta, não questiona o tempo perdido, segue sem pedir SOS, esvaziando e enfeitando a alma com cores e histórias que você inventa todos os dias.

Mas é necessário abrir, cortar um pouco mais, ir além, lááá no fundo. Bem profundo.
É preciso romper a barreira da alma.
É preciso enxergar através da porta e espiar os medos que impedem de achar o que procura.

Mas, afinal, o que procura? Reflita. Defina. Descortine.
Busque no seu interior mais profundo a resposta.
Há uma brecha de luz por trás da muralha.

Se desfaça dos sentimentos ambíguos escondidos atrás dos alicerces, moldados anos a fio a partir das experiências.
Deixe gritar o eco que esbraveja pedindo pra largar a velha bagagem e flutuar.

É preciso se despir dos sentimentos escondidos, das emoções dúbias, do querer e do não querer, do poder e não poder. Do que se tem como certo e errado.

É preciso libertar os beijos afivelados, os abraços atados e os sentimentos contidos.
É preciso deixar as brisas perpassarem o corpo trazendo fragrâncias do entardecer e ver as luzes do sol que ainda faíscam pelas brechas.

Respire, inspire e escute seu coração, tente, invente, reinvente, faça diferente, sem protocolos, sem prescindir de colo.

Encante, se encante. Curta, encurte, realinhe, rompa, corrompa, se atreva, se descontrole, se aprume, se arrume.

Mas não se perca. Escolha uma direção e então siga.
Há um novo amanhecer te esperando.
E lembre-se, o mundo real é um labirinto e não um muro de lamentações.

Ei, "Pollyanna", está sendo reversa? Nãoooo. Só refletindo sobre a própria vida.

(foto e texto by Silvia Faustino Linhares)

(Foto feita em em General Belgrano, Buenos Aires/Argentina em 2018)

Escrito ouvindo a música Fear and Love - Morcheeba 
"O medo pode te impedir de amar/O amor pode parar seu medo" 🎶🎶🎶🎶🎶






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