quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

31 JAN 2019 - A flor e o passarinho

A flor e o passarinho




"Venha, passarinho, do meu néctar se embebedar,
Cante novas canções para minha alma acalentar,
Me dê um beijo barulhento,
Enquanto sacode suas penas ao vento,

Então prometo que deixo meus olhos você enfeitiçar.
Depois pode ir rapidinho,
Porque sei que você vai voltar,

Não ti quero cativo, tristinho,
És livre para cantar, ir e de novo pousar.
Embale meu poema com sua canção,
Deixe a esperança iluminar minha existência,
Renascer dentro de mim sem sofrência,

Dê um novo significado ao tempo que me devora,
Ao sorriso que por felicidade implora.
Faça com teu canto meu peito saltitar,
Que mesmo sem asas quer se por a voar.

Deixe me ficar enternecida,
Com todas as cores da aquarela,
E com elas colorir as pétalas da minha vida!"

(Foto e texto Silvia Faustino Linhares)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

11 JAN 2019 - Homenagem ao sabiá-laranjeira

 Publicado no meu perfil do Facebook em 11 de janeiro de 2019


Homenagem ao sabiá-laranjeira

Aqui na janela à minha direita, no alto da quaresmeira sem flor,
Um sabiá bem pequenino deixou seu ninho,
mas quer comida no bico e talvez um pouco de amor...

Tem dias que está a piar, fazendo o meu coração apertadinho ficar...
Com os olhos cheios de carinho, eu o vejo pela janela, bem de pertinho,
Ora aprumando as asas, ora dormindo, ora chacoalhando o biquinho,
Uma hora vai partir, pois é livre para voar

Um par irá buscar, talvez como eu,
Por um amor impossível irá suspirar,
E para a tristeza desaparecer, o seu mais lindo acorde irá aos ventos espalhar

Canta-canta sabiá, como diz o ditado popular, quem canta seus males espanta...
Mas e se for de madrugada?
Porque aqui em São Paulo as aves são desmioladas,

Ah! Mas todos são, porém se cantar com o coração, suas lágrimas secarão,
e por seu canto alguém irá se apaixonar,
E como por encanto, um novo amor desabrochará.

E eu, no meio dessa história toda, irei abrir meus olhos pela manhã, embalada por sua cantiga, talvez das mais antigas e me lembrarei do poeta, que cantou: "minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá"

E de ti irei me lembrar e a letra alterar: Minha terra tem quaresmeira, onde pia o sabiá.

(foto e texto by Silvia Faustino Linhares)

(Fotos feita da minha janela em São Paulo)




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