domingo, 23 de dezembro de 2018

23 DEZ 2018 - O Tempo e as Saudades

 Publicado no meu perfil do Facebook em 23 de dezembro de 2018


Fim de ano sempre gostei de fazer uma reflexão... compartilho com vocês um pouco do que escrevi, desejando que todos os dias no novo ano sejam repletos de ouro e que a esperança se renove sempre.

O Tempo e as Saudades 

Ainda não decidi se o Tempo é um carrasco, ilusionista ou libertador.
Ele te faz sangrar, te joga ao chão, te levanta, te afaga e estanca a tua dor, principalmente as de amor.

Depois junta seus pedacinhos e enche teu coração de ardor.
Mas te cobra. Te rouba as horas, os dias e os anos. Até a sua vida... E não devolve...
Você se ressente, mas segue sorridente.

Ele te dá razão pra viver, se encarrega de te colocar no espaço certo, no momento certo, na situação certa, com a pessoa certa, mesmo de forma equivocada ou mesmo na hora errada.

O Tempo desenha a tua história. Cria as linhas da sua vida.
Aprisiona as alegrias do primeiro encontro,
Te faz derramar lágrimas em vão...
E depois te põe cara a cara com a felicidade dos reencontros.
E faz da vida uma grande inspiração...

O Tempo liberta as almas a tempo delas se reencontrarem... poderem se tocar e se retocar...
falarem umas com as outras por meio do coração, enchendo-se de felicidades,
E em mudo diálogo, transformarem a dor doída em gosto de beijos molhados de saudades.

Ah! As Saudades..."e por falar em Saudades" ...

Há um lugarzinho dentro da mente que guarda as Saudades. Escondida do Tempo...sempre alerta...
Te faz abrir os lábios sorridentes, daquilo que foi um dia e ou que poderia ter sido, mas ficou no se e no somente...

Não há argumento contra o Tempo, ele é o senhor de tudo, tem a tua vida inteira nas mãos... machuca, cura, arrasta e por fim te leva. Como dizia o poeta: "Porque o tempo, o tempo não pára!" (Cazuza)

Por isso, ame hoje, amanhã e todos os dias que ainda estão por vir,

Dance até se extenuar e, quando estiver à beira da exaustão, recomece com loucura, abobamento, e muita emoção... não deixe de aplaudir... seja apenas coração, sem parar de sorrir...

Porque no fim, o Tempo um dia irá do fim te aproximar...e o gosto do beijo não dado, do riso não escrachado, é a única coisa que irá te faltar.

(foto e texto by Silvia Faustino Linhares)

(Foto feita na Serra do Amolar em 15/11/2018)

E para quem ama o Pink Floyd como eu, recomendo ler o texto ouvindo a música Time (com tradução)






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domingo, 25 de novembro de 2018

25 NOV 2018 - O despertador e a canção

Publicado no meu perfil do Facebook em 25 de novembro de 2018

O despertador e a canção

E aí você acorda tarde no quarto do hotel em Campo Grande/MT, porque precisava descansar bastante, uma vez que vai pegar estrada logo mais.

O despertador entoa uma canção do antigo grupo The Animals "The house of the rising sun".

Ainda de olhos cerrados, você começa a se lembrar dos sonhos que acometeram sua cabeça enquanto esta repousava sobre o macio travesseiro.

Havia um par de olhos escuros e sorridentes que pareciam velar pelo meu sono. E lábios se aproximavam dos meus como um colibri pareia com uma flor. A pele quente e morena se aconchegava ao meu corpo aquecendo a alma e deixando uma maravilhosa sensação de bem estar... inigualável ...

Hummm... suspiro...

Chamo isso de encontro de almas. Almas afins, que se buscam no infinito.

Queria não ter acordado para descobrir que era só um sonho. Que o calor sobre mim era apenas uma fina manta, e que tudo num passou de saudades e desejos que algo assim acontecesse.

Só que não... bora arrumar as malas e pegar estrada com os amigos e esquecer que esse pacotinho de amor está por aí perdido em algum lugar, talvez sentindo-se do mesmo jeito que eu.

Um dia quem sabe nossos caminhos se cruzarão e poderemos transformar isso em realidade. Enquanto isso que venham os passarinhos.

(foto e texto by Silvia Faustino Linhares)

(foto feita na cidade de Miranda no dia 22/11/2018)

The Animals - The house of the rising sun

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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

01 OUT 2018 - O sonho

O sonho

Hoje eis que acordo no meio da madrugada em meio a um sonho...
Despertei e me vi num mar de emoções...
Sonhei que perdia as palavras...
Que perdia meu coração...
De repente um par de olhos rompeu a escuridão
me perscrutando suspenso no ar...
Navegou pelas profundezas do meu ser...
Brilhou tanto que clareou meu despertar...
Rompeu a minha alma e me trouxe para um mundo de muita calma...
E me fez sentir vontade de viajar...
E aí?
Aí a luz era a manhã invadindo as frestas da janela
Dizendo, vamos, princesa, hora de acordar...bora malhar...😄😄
(SFL - OUT 2018)

 


sexta-feira, 28 de setembro de 2018

28 SET 2018 - Enxergar além...

Publicado no meu Facebook em 28 de setembro de 2018

Enxergar além...

O que significa isso? Olhar além da linha do horizonte?

Se fosse simples assim estava bom. Mas é ir muito além. É ler o que está na alma, nas entrelinhas, nos cantos mais recônditos do coração.

Em tempos de tantos juízes e algozes, que julgam tudo e todos de forma tão leviana, sobram poucos com sensibilidade para fazer uma leitura profunda apenas com um simples olhar. Porque é preciso olhar nos olhos, permanecer alguns instantes para poder penetrar a alma. Olhar e ver.

Se pararmos para pensar, há pessoas que trazem tanta beleza e simplicidade dentro delas, que já nos encanta pelo primeiro olhar. Me conta aí, quem nunca se apaixonou pelo primeiro olhar? Não um olhar qualquer. Mas "aquele" olhar, que traz promessas implícitas, que te desnuda o pensamento, que te diz tanto sem te dizer nada. Sim falo de um olhar que ao mesmo tempo que te transmite paz e serenidade, te abraça e te põe a sonhar.

Um olhar que não ousa falar nem julgar, mas que te aprisiona por breves instantes e pelo resto do dia te faz sonhar. Um olhar que mostra admiração, que te traz promessas de um amanhecer colorido, de risos infinitos, de uma vida com sentido.

Breves instantes de sintonia, carregados de energia, que fazem seu corpo vibrar ...

Um mundo que poucos conseguem enxergar.

Mas já vou avisando, do seu pensamento ele irá se apoderar. Não há libertação. Ele escraviza o coração. Não há como fugir. E quem diz que a gente quer ir?

Atenção: procura-se esse par de olhos. Se alguém o "ver" por aí, por favor me avise. Eu o deixei cair em algum lugar distante durante minhas andanças, digo, lembranças. (he he he) 😂

(foto e texto by Silvia Faustino Linhares)

(Foto feita no Equador em 2016)




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sábado, 22 de setembro de 2018

22 SET 2018 - Quero me reinventar

Publicado no meu perfil do Facebook em 22 de setembro de 2018

Quero me reinventar 

Tem dias que meu coração se fecha num lugar escuro e surgem pensamentos meio estranhos. Mas é nesse momento que surgem minhas grandes rebeliões internas. Uma guerra entre os vários seres que me habitam. Uns mais iluminados outros nem tanto. Sim, nem sempre sou esse ser sorridente e brilhante da foto, também choro, sinto dores, sinto raiva, sinto medo, sinto tristezas. Também me nego. Também tem dia que me acho a pior pessoa do mundo. Também tem hora que eu gostaria de me por em modo soneca por 30 dias. Por essa e outras fico quietinha, silenciosa no meu mundo.

Mas por tudo que já vivi e passei, sei quando está chegando a hora de agir, de mudar, de me lançar em novas aventuras, novos desafios. De buscar o que me falta, embora eu nem saiba bem o quê. Minha alma anseia por isso. Vontade de chutar o balde, não importar se virão vitórias, derrotas ou fracassos. Mas é sempre melhor escolher a dúvida da vitória a desperdiçar uma oportunidade. Sem economizar. Não quero quase chegar lá. Quero estar lá. Mas lá aonde?

É essa reflexão que estou fazendo. Inflexão, isso sim. Não quero uma vida mais ou menos. Não quero meios-termos. Não quero me acomodar na rotina, nem achar que sentir saudades do que já vivi é suficiente. Isso sufoca, impede de alçar novos voos. 

Acordei hoje muito autocrítica. Decidi que eu quero me reinventar. Não quero retroagir nem buscar o caminho de volta (esse eu sei de cór e salteado). Quero traçar um novo caminho. Não quero uma vida que siga como o caminhar numa esteira, andar, andar, correr e não chegar a lugar nenhum. Não quero ficar dizendo ok, entendo, tudo bem, quem sabe outra hora, depois falo com você, depois eu vejo como, pra tudo. Nem quero ouvir isso das pessoas. Não quero viver num eterno outono aguardando a primavera chegar. 

Eu quero acordar na primavera. Por favor, me chamem às 22h54min quando oficialmente começa a primavera de 2018 no Hemisfério Sul. 

(foto e texto by Silvia Faustino Linhares)







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sábado, 8 de setembro de 2018

08 SET 2018 - Sendo a autora do meu próprio destino

Publicado no meu perfil do Facebook em 8 de setembro de 2018

Sendo a autora do meu próprio destino.

Desde que nascemos, há um caminho enorme a ser percorrido, onde nos defrontamos com distâncias e labirintos infindáveis.

Cedo a gente aprende a deixar a mente vagar por diversas direções, a maioria incerta.
É assim que começam os sonhos e a partir desses, os desejos criam forma.

Há poucos planos e muitas incertezas.
O terreno nem sempre é fácil de percorrer.
Um belo dia você questiona o quanto seu chão esteve encharcado por ilusões e se pergunta porque você achou mais fácil ficar escondendo as lágrimas em meio ao nevoeiro.

Há muito você já não se ouve mais, não lamenta, não questiona o tempo perdido, segue sem pedir SOS, esvaziando e enfeitando a alma com cores e histórias que você inventa todos os dias.

Mas é necessário abrir, cortar um pouco mais, ir além, lááá no fundo. Bem profundo.
É preciso romper a barreira da alma.
É preciso enxergar através da porta e espiar os medos que impedem de achar o que procura.

Mas, afinal, o que procura? Reflita. Defina. Descortine.
Busque no seu interior mais profundo a resposta.
Há uma brecha de luz por trás da muralha.

Se desfaça dos sentimentos ambíguos escondidos atrás dos alicerces, moldados anos a fio a partir das experiências.
Deixe gritar o eco que esbraveja pedindo pra largar a velha bagagem e flutuar.

É preciso se despir dos sentimentos escondidos, das emoções dúbias, do querer e do não querer, do poder e não poder. Do que se tem como certo e errado.

É preciso libertar os beijos afivelados, os abraços atados e os sentimentos contidos.
É preciso deixar as brisas perpassarem o corpo trazendo fragrâncias do entardecer e ver as luzes do sol que ainda faíscam pelas brechas.

Respire, inspire e escute seu coração, tente, invente, reinvente, faça diferente, sem protocolos, sem prescindir de colo.

Encante, se encante. Curta, encurte, realinhe, rompa, corrompa, se atreva, se descontrole, se aprume, se arrume.

Mas não se perca. Escolha uma direção e então siga.
Há um novo amanhecer te esperando.
E lembre-se, o mundo real é um labirinto e não um muro de lamentações.

Ei, "Pollyanna", está sendo reversa? Nãoooo. Só refletindo sobre a própria vida.

(foto e texto by Silvia Faustino Linhares)

(Foto feita em em General Belgrano, Buenos Aires/Argentina em 2018)

Escrito ouvindo a música Fear and Love - Morcheeba 
"O medo pode te impedir de amar/O amor pode parar seu medo" 🎶🎶🎶🎶🎶






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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

14 AGO 2018 - Encontros e Desencontros

Publicado no meu Facebook em 15 de agosto de 2018

Encontros e Desencontros

Um dia um poeta disse que a vida era feita de encontros e desencontros. Nos últimos tempos tenho pensado muito nisso. Sou uma pessoa que acredita muito na Lei universal da Atração e Repulsão e seus mistérios intangíveis.

Existe uma coisa que me encafifa sempre é a energia que faz com que eu me identifique mais, ou menos, com algumas pessoas que cruzam o meu caminho.

Agora feche seus olhos e pense em quantas pessoas entraram e saíram de sua vida... e se não foram esses encontros / desencontros que moldaram sua vida, suas experiências, seus sorrisos e suas lágrimas. Muito doido isso né? Vida louca vida!

Porém, existem encontros mais do que especiais, inesperados, inusitados e que envolvem nossos sentimentos mais íntimos.

E muitos se transformam em desencontros, não só por vontade própria, mas por "ene" fatores, como distância, outros compromissos, e vai por aí afora.

Esse encontro, quando acontece é único, quase mágico e sempre muito célere, embora plenamente identificável, visto que provoca afobamento do coração, acelera a respiração, dilata as narinas, enche os olhos de serenidade e deixa um gosto doce na boca.

É tão rápido como o pouso de uma borboleta, que de repente você vislumbra e no momento seguinte ela desaparece.

Fica um sentimento de ganho e ao mesmo tempo de perda, de felicidade triste. De despedida.
Assim eles são, sempre cheios de interrogações, de possibilidades e impossibilidades. 

Há uma doce experiência nesse singelo encontro / desencontro, cujo resultado final chama-se saudades. A saudade é a ponte que te conduz para o próximo encontro, cujo local remoto só você pode acessar e chama-se "sonho".

(foto e texto by Silvia Faustino Linhares)

(foto feita no Tapete Verde/Parauapebas/PA em 2018)





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sábado, 7 de julho de 2018

07 JUL 2018 - A magia está em acreditar

 Publicado no meu perfil do Facebook em 07 de julho de 2018 

A magia está em acreditar 

A magia está em acreditar que o caminho segue além...
Muito além do que seus olhos veem e seus ouvidos escutam, 
Mesmo que seu coração duvide.
Não existe realidade sem fé. Feche seus olhos ...
Somente sinta e perceba. Transcenda ...
Além do invisível, encontrará todas as respostas que necessita.
(foto e texto by Silvia Faustino Linhares)

Foto feita durante a mais pura névoa no começo da manhã da última quinta (05/07) 
Represa Guarapiranga.





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quarta-feira, 4 de julho de 2018

04 JUL 2018 - O banho

 Publicado no meu perfil do Facebook em 04 de julho de 2018 

O banho

Meu banho em casa é um momento de muita introspeção e reflexão. E de muita transmutação. Envolvida por cheiros e músicas (a de hoje foi o CD do filme o Último dos Moicanos - veja ao final), deixo a água escorrer pela corpo e carregar o cansaço do dia, bem como todas as agonias, filtrando somente as alegrias. E ao final, um frescor alvissareiro - além de um espelho embaçado - me deixa pronta pra abraçar o travesseiro.

Mas o melhor é tomar um banho de pensamentos, com um sorriso trouxa na cara. Nele tramitam poemas, desejos, planos e roteiros. Muitas das minhas ideias fervilham sob a água quente que desce sobre a minha pele. Meu banho é sempre um abraço sem braços e uma montanha de sentimentos. Ali me deixo viajar por um tempo... (tá, eu economizo água sim, antes que me critiquem).

Hoje eu quase me perdi de mim durante o banho. Foi um banho de me envaidecer, de me entender comigo mesma, de me dar um desconto e um descanso merecido.

Meu pensamento foi em busca de uma parte que outrora ocupava o centro do meu ser: os amores que tive. E a viagem não parou, fui ao futuro, como no "filme", e fiquei pensando em como será ou serão os amores que terei ainda. E me atrevi a desenhá-los em pensamento. Quando dei por mim, já estava envolta num felpudo roupão, cabelos molhados, me olhando no espelho e me perguntando: espelho, espelho meu, existe alguém mais besta do que eu? A resposta não veio até agora. kkkkkkkkk

Então sequei os cabelos, coloquei um licor de anis numa tacinha, e me pus a degustá-lo, aguardando o sono chegar.

E que seja o sono dos justos, embriagada pelo doce aroma da erva-doce e de sonhos que me farão sorrisos no rosto durante a noite, mesmo que eu nem lembre deles ao amanhecer.

Assim, emotiva demais da conta, deixo o meu boa noite a todos e o desejo de um feliz alvorecer. — se sentindo emotiva em Jardim Paulista.

(Foto e texto by Silvia Faustino Linhares)





♪Promentory ♫ Trevor Jones (Tema do filme O Último dos Moicanos)


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