domingo, 28 de novembro de 2021

09 NOV 2021 - Balançando na vida adulta, como quando era criança!

Tem dia que algumas lembranças fazem você se emocionar,
E lagriminhas teimosas resolvem escorrer pelo rosto bem devagar...
É melhor parar tudo e transcrever esses fragmentos.
É o único jeito de conhecer melhor seus próprios sentimentos.

Jamacá das Araras - Chapada dos Guimarães/MT
Foto: arquivo pessoal Silvia Faustino Linhares

Quando eles chegam assim, como imagens confusas, imprecisas e desfocadas,
Geralmente revelam segredos de uma mulher apaixonada, um pouco desvairada ...  😀

domingo, 22 de agosto de 2021

22 AGO 2021 - Saudades! Quando ela aperta ...


Observação: me sentindo maravilhosa.
Como diz meu querido amigo e filósofo Victor Castanho:
"Estar maravilhosa é mera consequência de ser maravilhosa!"

#poemadodia

Casa, sol, janela, música romântica, que bela combinação ...
Perfeita para revirar a alma em busca de sentimentos escondidos no fundo do coração.
Para tudo, pega um café, abre o diário e registra...
Sempre começa assim. A saudade bate. 
Aperta o peito e espreme tudo ...  faz até perder a respiração.
 
Você é empurrada, é obrigada a olhar profundamente por dentro... 
... a explorar cada cantinho do pensamento...
Um filme passa e repassa mostrando um passado não tão passado, porém cheio de sentimentos.
O que a gente faz numa hora dessas? 
Pega outro café, abre a galeria, acessa fotos, se esparrama, derrama, faz drama...
Deixa uma lágrima enxerida descer... questiona a vida e seus porquês.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

15 ABR 2021 - As aves da minha janela

A pedido dos amigos integrantes do Bando Misto (Giulia D'Angelo, Luccas Longo e Milena Corbo) - 
@bandomisto_ eu compus um texto sobre as aves da minha janela.
(Texto e fotos: Silvia Faustino Linhares)

As aves da minha janela

Nem sempre ficar em casa é prazeroso.
Por vezes, como agora na pandemia, é bem doloroso.
Isso é fato! Que saudade de estar no mato!
De andar na floresta, de ver passarinhos.
De ganhar abraços e doces beijinhos!
Às vezes a solidão nos enlouquece.
Esquece, pensa nos passarinhos, que isso desaparece.


Mas cadê os passarinhos? Hummmm, tem um ali bem naquele galhinho.
Ali, naquela única árvore do jardim, bem pertinho de mim.
Aqui é prédio, 3º andar. Há uma quaresmeira e nelas as aves pousam para me visitar.
Ou seria para me Avistar?
Eu as vejo pela janela. São todas tagarelas, matusquelas ...

sábado, 12 de junho de 2021

12 JUN 2021 - Romeu e Julieta




Eu sempre quis ter um pacotinho de amor pra chamar de meu. Queria viver uma história de amor digna de ser contada por Shakespeare. 

Um dia eu encontrei esse pacotinho pelas estradas da Vida. Porém a Vida não nos deu oportunidade de ficarmos juntos. A Vida não é fácil. Ela nos provoca, nos põe à prova, depois um dia nos tira o chão. Então a gente enxuga as lágrimas, se esforça pra sorrir e segue em frente. Ela tem seus meandros inexplicáveis. Cria caminhos para atravessamos que são verdadeiros labirintos. Mas nos faz fortes para superar.

De nada adiantou eu desejar ser a deusa do seu amanhecer e te acordar com um café e um beijo. A Vida não quis que fosse assim. 

segunda-feira, 29 de março de 2021

29 MAR 2021 - Vinte percepções pandêmicas

Hoje, pouco mais de um ano depois da pandemia ter começado e do confinamento ou semi - confinamento ter se tornado algo normal na nossa vida, fiz um balanço e transcrevo aqui minhas percepções anotadas nos últimos tempos e o que mudou para mim. (E eu achando que seria temporário no sentido de durar algumas semanas apenas). Este texto foi montado a partir de fragmentos extraídos do meu Handy Diary (app). OBS: Vou adorar ler suas percepções nos comentários ao final. Mas boralá comigo:

1 - Engordei um pouco devido às guloseimas e proximidade com a Brastemp, a geladeira, que nunca ficou tão cheia como agora. Apesar disso, tenho feito os costumeiros exercícios com uma certa regularidade. Não o suficiente para manter o meu corpitcho dos 18, mas ...enfim ... vão se os anéis, ficam-se os dedos...😁😁😁

1 - Engordar ou não - eis o X da questão

2 - Todos os dias acordo cheia de preguiça, preguiça de levantar, de estudar, de malhar, de arrumar casa, menos de ficar com essa p&%#@ de celular na mão. 😁😂😃😄 mas como sou razoavelmente disciplinada, tento dar o meu melhor e superar essa "barreira" e fazer o que DEVE ser feito. Ou seja, o dever de casa

terça-feira, 23 de março de 2021

23 MAR 2021 - O pequeno pardal e uma história cheia de emoção

Dia 20/03 foi o Dia Mundial do Pardal - O World Sparrow Day foi criado pelo ornitólogo indiano Mohammed Dilawar e é celebrado desde 2010. O pardal (Passer domesticus) é um pássaro que pode ser encontrado em quase todo o mundo, mas o declínio de sua população é motivo de preocupação em alguns lugares. Além do pardal comum, existem outras 24 espécies de pardais, algumas das quais encontram-se ameaçadas.


O pardal tem sua origem no Oriente Médio, entretanto este pássaro começou a se dispersar pela Europa e Ásia, chegando na América por volta de 1850. Sua chegada ao Brasil foi por volta de 1903 (segundo registros históricos), quando o então prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, autorizou a soltura deste pássaro exótico proveniente de Portugal. Hoje, estas aves são encontradas em quase todos os países do mundo, o que as caracteriza como uma espécie cosmopolita. Essa ave tem se expandido pelo espaço rural e, em alguns casos, prejudicado a produtividade agrícola. Seu nome científico significa: do (latim) Passer = pardal; e domesticus = de casa, doméstico. ⇒ Pássaro doméstico, ave que habita as casas.
(Fonte: Wikiaves)

segunda-feira, 8 de março de 2021

08 MAR 2021 - 'Honjok' ou "tribos de uma só"

No dia 08/03/2020, um domingo, era minha última noite no PN Kruger na África do Sul. (se quiser saber mais acesse aqui). Eu estava em Letaba, um Rest Camp sensacional. Lugar lindo e encantador, onde ficava dia e noite em contato com passarinhos. Nesse dia à noite saí procurar corujas com o nosso guia. A lua me sorriu em todo seu esplendor, coroando nossa expedição, trazendo paz e muita felicidade ao meu coração. Sim eu estava em estado alfa, aquele estado que só o contato com a natureza pode nos proporcionar.

Letaba Camp - Kruger - África do Sul - arquivo pessoal Silvia Linhares


Mas sabia que dali a poucos dias estaria em casa novamente, só não sabia que o ano que tinha iniciado tão maravilhoso, começaria a entrar em colapso. Até agora ainda me sinto em um filme de ficção científica, bastante aterrorizante. 

Quando uma luz no fim do túnel enfim se mostrou, com a tão esperada vacina, ao invés de melhorar, vimos a coisa piorar e muito. A perspectiva de voltar ao normal foi pro espaço, sequer podemos falar em um novo normal. Porque nada do que está acontecendo é normal. O que venho assistindo nesses últimos 360 dias foi o aumento de problemas físicos e mentais na raça humana. Eu me incluo aí. 


Itaituba/PA - arquivo pessoal Silvia Linhares

Um horizonte permeado de dor e impotência foi tomando conta do meu ser. Notícias ruins para todos os lados. Muitos elos foram se quebrando. Crises de ansiedade começaram a aparecer. Medos que nunca tive antes, dores que no fundo sabia serem imaginárias, uma vez que chegaram e se foram do nada. Em alguns momentos descobri que podia ficar muito agressiva internamente e que isso fazia com que eu me sentisse muito mal. Eu precisava mergulhar no meu mais profundo eu e me resgatar, ainda que sozinha. 

 "Mas estar sozinho não é o mesmo que se sentir sozinho. A solidão pode ser vista como uma oportunidade de realmente estar com nós mesmos e de explorar onde encontramos sentido em nossas vidas." (Francie Healey) - Relacionar-se em tempos de pandemia ou fora dela sempre costuma trazer algum tipo de desgaste emocional e físico. Ficar sozinho nessas horas tem as suas vantagens.

Foi lendo uma matéria sobre a pandemia no site da BBC News que uma manchete me chamou a atenção: 'Honjok': o que podemos aprender com os sul-coreanos que defendem a solidão." O texto ressaltava que o isolamento imposto pela pandemia de coronavírus estava levando muitas pessoas a uma "epidemia da solidão".

Fui pesquisar mais e aí descobri que esse fenômeno da Coreia do Sul chamado de "honjok" significa algo como "tribos de um só"."Hon" significa estar sozinho e "jok" é uma tribo, então honjok significa "tribos de um só". São pessoas que fazem tudo sozinhas, mas que não se sentem sozinhas no sentido tradicional de solidão. Aproveitam seu próprio tempo e espaço para fazer o que gostam. 

Esse termo sul-coreano é aplicado a pessoas que voluntariamente realizam atividades sozinhas como comer fora, desfrutar de atividades de lazer, fazer compras ou viagens sozinhas, etc. É um conceito diferente do 'grupo casulo' onde prevalece o isolamento, o viver absolutamente sozinho. Não se trata de se isolar, mas de tomar as próprias decisões sem ter que depender de outrem. 

Às vezes não é fácil organizar o nosso tempo, vontades e disponibilidade com outras pessoas e fica mais fácil fazer planos sozinha. Não tem melhor do que desfrutar da liberdade da própria companhia, seja lendo metade do dia sentada em um café, passando horas num computador, ou andando uma manhã toda no mato atrás de passarinho.

Acho que o mais próximo de "honjok" na nossa língua é a palavra "Solitude", que é o estado de privacidade de uma pessoa, não significando, propriamente, estado de solidão.


Solitude · Black Sabbath

  
Eu era uma "Honjok" e não sabia. Pelo menos essa tem sido minha realidade nos últimos anos. Só nunca chamei isso de 'Honjok' ou "tribo de uma só". 

Desde que arrumei meu primeiro emprego e fui morar sozinha, fui aprendendo a tomar minhas próprias decisões, definindo os caminhos da minha vida, planejando o meu futuro. Acho que até mesmo durante os anos de casamento. 

Tive que ser forte mesmo quando me faltavam forças. Tive que superar barreiras que julgava intransponíveis. Precisei me entregar sem lamentos às emoções mais doídas. E confesso, nunca foi fácil. Com isso tornei-me uma pessoa bastante forte, determinada, porém extremamente controladora e difícil até para mim mesma.

Essa semana resolvi ter uma conversa séria com "a tribo de um só", no caso euzinha e esclarecer algumas coisinhas. Talvez meus pais, se estivessem ainda comigo, fizessem isso a moda deles, me oferecendo soluções que não consigo vislumbrar no momento. A decisão consciente de viver sozinha cobra seu preço, mas te mostra o quanto você pode ser forte e lutar, mesmo quando o inimigo está dentro de você: simplesmente é seu interior. 

E nessa pandemia, o mais difícil está sendo apaziguar os dois "serezinhos" que me habitam e travam uma eterna luta entre si. A emoção, em forma de coração, possui asinhas e se diz ser o meu anjinho. A razão, travestida de diabinho, domina meu cérebro e me tolhe de fazer as coisas que a emoção impulsiona.

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Um ano depois dessa pandemia sem data pra terminar, meu coração, aperreado que só, me disse em confidência, bem baixinho: pega o carro ou o passaporte e saí pro mundo ver passarinho. Aí o cérebro, travestido de razão, me lembrou: "pode não". Ele me cochichou aos ouvidos: "fica em casa quietinha que isso vai passar"! E o coração respondeu, com voz alterada e revoltada, mas você me disse isso no ano passado e a "bagaça" continua pior do que estava.

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O cérebro então lembrou ao coração que ele mesmo disse que nem sempre as coisas acontecem como a gente gostaria. E os dois para por fim no conflito decidiram revirar os HD onde estão armazenadas as fotos, cavar informações no fundo do baú e começar a viajar dentro das memórias, transformando em palavras e posts no bloguinho de viagens, que avidamente aguarda por novidades, morrendo de saudades.

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Hoje cedo recebi um bilhete que dizia: "Chega de ficar com os pezinhos pra cima, com o celular pendurado nas mãos e mãos à obra, D. Silvia. Bora parar de resmungar e de ver fantasmas onde não existem. O mundo já se recuperou de coisas piores. A gente sai dessa, tenha fé, por favor. (assinado cérebro & coração)


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E por fim um som bem gostoso pra encerrar esse post

Baila Comigo Rita Lee

 

domingo, 28 de fevereiro de 2021

28 FEV 2021 - A casa sem janelas... (começo e fim ... e muitos enfins...)

Fechando o mês com um texto sobre a vida e seus muitos momentos.

04/02/2021 - Currais Novos - RN - foto de Silvia Faustino Linhares

Toda quinta-feira a Maria, minha amiga e ajudante, vem aqui para fazermos faxina.
Depois de um cafezinho, a gente arregaça as mangas e só descansa quando tudo termina.
Nesses últimos tempos, eu tenho feito um exercício de desapego.
Abro armário por armário, gaveta por gaveta, reorganizo tudo.
Desapego, doo ou jogo fora coisas sem serventia na minha vida.
A casa fica mais leve e a minha alma agradecida.

Minha cozinha - foto de Silvia Faustino Linhares

Aí hoje comecei a ouvir músicas e alguns sentimentos afloraram.
Os acordes atingiram o âmago do meu ser e transbordaram.
Percebi que precisava fazer uma faxina geral dentro do meu coração.
Tipo me desapegar daquilo que não deu certo ou foi só enrolação.

Que tal uma musiquinha romântica para relaxar um pouco (com duas versões, uma em inglês e outra com o grande rei em português, escolha a sua)

Damaris Carbaugh - Once Again (Outra Vez)

 

 Roberto Carlos - Outra Vez

Esbarrar com alguém que acenda a nossa alma é um acontecimento raro.
E quando isso acontece, a gente termina por se apegar.
Mas nem sempre as coisas acontecem como a gente gostaria.
Porque por mais que a vida nos dê asas, muitas vezes as circunstâncias nos impedem de voar.

domingo, 10 de janeiro de 2021

10 JAN 2021 - A quaresmeira do meu jardim


"03/01/99 11:30h
Minha motivação básica para 1999: Ser feliz (sonhadora) e estar em paz (pacifista).
Meus desafios para 1999: Aceitar a dor e o sofrimento como partes naturais da vida; desenvolver a força de vontade para não parar diante do primeiro obstáculo; cultivar a atenção e o amor incondicional; enfrentar o caos com serenidade; cultivar a fé nas pessoas e, acima de qualquer coisa, fazer tudo aquilo que eu tiver vontade... "

O que? 1999? Sim, achei esse texto aqui impresso e resolvi transcrever esse trechinho dele. Estava entre os muitos e-mails que imprimi e guardei numa caixinha velha. Porque nesse confinamento está sobrando muito tempo para abrir as caixinhas, rever seu conteúdo e jogar fora as coisas que não tem mais nenhum valor ou significado especial. A mesma coisa que ando fazendo com o meu coração.