quarta-feira, 6 de novembro de 2019

06 NOV 2019 - As saudades vestem óculos cor de rosa

Original escrita na hora que acordei no dia 06/11/2019 e publicada no Facebook no mesmo dia

Textão de hoje: As saudades vestem óculos cor de rosa 🌸👓💌😍

As saudades doem. É uma dor esquisita. Doce e melancólica. É como se uma agulha fina fosse sendo enfiada na alma bem lentamente. Forma um nó na garganta, aperta o peito e enche os olhos de água.

Apesar dessa dor ser tão pungente, eu sou grata por ter uma memória tão rica e cheia de detalhes pra me lembrar e muitas histórias pra contar.

A maior saudade que sinto é dos meus pais e avós, que já se foram desta vida, deixando um grande legado e muitas histórias de amor pra moldar aquilo que sou.

Sinto falta também dos animaizinhos amados que perdi, do resto da minha família, que mora longe, dos amigos que não estão mais por perto e dos que estão, mas não dispõem de tempo.

Tenho saudades dos lugares que já fui, da minha infância, dos amores que tive, enfim, até de mim mesma.

Quando alguns detalhes fogem da memória tenho guardados álbuns e mais álbuns de fotografias em papel ou digital, além de infindáveis cadernos de anotações diárias. Sim eu escrevo no diário desde a mais tenra meninice. Até hoje, sim senhor. Só mudou de papel pra digital.

Às vezes me pego a lembrar de alguma coisa específica. Porque o que não me falta é assunto pra lembrar. kkkkkkkk

Essa semana foi dedicada aos amores que tive nos últimos trinta anos. Confesso que os olhos embargaram e a mente se emaranhou com tantas histórias complexas.

Pessoas incríveis atravessaram meu caminho. A maioria eu não sei mais nem por onde anda ou se hoje são felizes ou não. Eu confesso que estou bem e feliz com as escolhas que fiz ou fui obrigada a fazer. Porque nem sempre depende só da gente.

Às vezes imagino como seria minha vida se eu ainda estivesse ao lado de alguns desses amores. Ou então me pego a comparar os padrões do meu comportamento ontem com os de hoje. Vejo que continuo uma boba romântica e cometendo os mesmos erros.

Seriam erros? Não! Pessoas cheias de amor no coração não erram, apenas agem por impulso quando não deveriam ou permanecem inertes no momento que deveriam agir.

Fazem tudo sem pensar direito, dominadas pelo impulso de um pulso exageradamente acelerado. Tropeçam nos seus desejos, nas suas próprias vontades e acabam por ferir seus próprios joelhos.

Ora se precipitam, ora se resguardam demais. Ora expõem seus sentimentos na hora errada, ora os guardam a sete chaves e querem que eles sejam lidos como se a outra pessoa tivesse uma bola de cristal. kkkkkkk

A diferença é que aprendi a conviver comigo e com esses sentimentos controversos. Aprendi a ser o inverso de mim mesma. A cuidar desses sentimentos como se eles fossem plantinhas a serem regadas todos os dias.

Aprendi também o tanto que é importante dizer eu te amo amo a quem eu amo. E o quanto é bom amar tudo e todas as coisas acima de qualquer coisa. Isso só me traz energias boas e me torna um ser mais leve e feliz. A maturidade traz isso de bom junto com as rugas e cabelos brancos. (Esses dois últimos não tão bons assim, mas inevitáveis kkkkkkk)

Enfim, "C'est la vie"

(texto by Silvia Faustino Linhares)

Foto by Raimundo Carvalho - edições: eu mesma








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